terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Quem é um bom candidato à cirurgia de derivação gástrica

Nem todas as pessoas que sofrem de obesidade (em inglês) podem fazer a cirurgia para perda de peso. Embora as orientações possam variar, geralmente a cirurgia é recomendada para pessoas com o IMC (Índice de Massa Corpórea) igual ou acima de 40, portadoras de obesidade mórbida ou super obesidade. Há casos de pacientes cujo IMC (índice de massa corporal) está entre 35 e 40 em que a cirurgia é recomendada pelo fato de sofrerem de alguma complicação causada pela obesidade, como a diabetes.

Sobrepeso X obesidade

Embora muitas pessoas achem que estão com alguns quilos extras, nem todo mundo pertence à categoria dos obesos. De acordo com os Center for Disease Control and Prevention (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) e pela Organização Mundial da Saúde, sobrepeso é quando o índice de massa corporal de uma pessoa está entre 25 e 29. Ela não é considerada obesa, a menos que seu IMC seja superior a 30. Se estiver curioso sobre seu IMC, consulte Como funciona o IMC.


Além das qualificações do IMC, os pacientes devem ser obesos por mais de três anos e ter tentado perder peso com dietas, exercícios e medicamentos sem sucesso. Em virtude do ganho de peso ser muitas vezes resultado de fatores psicológicos, os pacientes devem passar por avaliação psiquiátrica antes de fazer a cirurgia. Os critérios psicológicos incluem avaliações de quaisquer comportamentos auto-destrutivos, depressão (em inglês) ou uso excessivo de substâncias. Embora rigorosos, esses critérios são essenciais para garantir o sucesso da cirurgia e, conseqüentemente, da perda de peso.

Apesar de os médicos normalmente não fazerem cirurgia de derivação gástrica em adolescentes, ela pode ser necessária em certas situações. Os médicos podem pensar em cirurgia nos adolescentes que possuem um IMC de 40 ou mais, que tentaram perder peso durante pelo menos seis meses, que têm complicações graves devido à obesidade e que tenham atingido a estatura adulta. Os meninos geralmente chegam à estatura adulta por volta dos 15 anos, e as meninas, dos 13.

Os riscos
A cirurgia de derivação gástrica possui alguns riscos como de outras cirurgias, como infecção no local da incisão, perda excessiva de sangue e coágulos. O procedimento também tem seus próprios riscos, incluindo o desenvolvimento de cálculos biliares (em inglês), vazamentos do estômago, hérnias (em inglês) e bloqueios intestinais. Em alguns casos, a ligação recentemente feita entre o estômago e os intestinos pode ser estreita. Esse estreitamento geralmente resulta em náusea e vômito logo após uma refeição.

A complicação mais comum é a desnutrição (em inglês). Já que o alimento segue diretamente do estômago para o meio do intestino delgado, o paciente absorve menos calorias e nutrientes. Isso geralmente pode resultar em deficiência de ferro, cálcio ou vitamina B12 no corpo, levando à anemia (em inglês) e à osteoporose (em inglês). Os médicos recomendam que a maioria dos pacientes mantenha um diário dos tipos e das quantidades de alimentos que ingerem todo dia. A análise desse diário por médicos e nutricionistas auxilia no controle do paciente.
Alguns pacientes também podem sofrer do que conhecemos como síndrome de descarga. Essa complicação é resultado do movimento rápido do alimento pelo corpo. Pode fazer o paciente se sentir enjoado e com aumento da produção de suor. A ingestão de doces pode provocar fraqueza e diarréia forte. O açúcar tende a ser especialmente irritante devido a sua alta osmolaridade. Essa é uma medida da pressão osmótica, que está relacionada à velocidade com que os líquidos cruzam através de uma membrana. Por exemplo, como o acúcar tem alta osmolaridade, quando ele chega ao intestino sai água das células da parede do intestino para a sua luz causando a diarréia. Quando alimentos com alta osmolaridade chegam ao intestino delgado, eles absorvem boa parte do líquido do intestino. Os pacientes que se submeteram à cirurgia de derivação gástrica deveriam utilizar açúcares naturais, como os encontrados nas frutas, que geralmente não provocam a diarréia.

Outras complicações podem ocorrer se o paciente não seguir a dieta recomendada após a operação. O excesso de comida pode fazer com que os grampos se soltem e o estômago retorne ao tamanho original. A substituição dos grampos requer uma nova cirurgia.
Como todo procedimento cirúrgico, a cirurgia bariátrica tem seu próprio risco. Além disso, como freqüentemente os pacientes são diabéticos e hipertensos, o risco aumenta ainda mais.

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